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A Igreja no Mundo | Oração pela Unidade dos Cristãos

Oração pela Unidade dos Cristãos

“Gentileza gera gentileza” (At 28,2)

 

Irmãos e irmãs!

 

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – promovida pelo CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, que realizamos entre as solenidades da Ascenção do Senhor e Pentecostes, mantém vivo o pedido de Jesus: “… que todos sejam um, para que o mundo creia… (cf. Jo 17,21) e, permanece como uma “urgência para fomentar a comunhão no âmbito delicado do esforço ecumênico” (São João Paulo II – Carta Apostólica NovoMillennioIneunte – No início do Novo Milênio, n. 48).

 

Como cristãos, somos chamados a tomar consciência de que o mistério da Igreja é mistério de unidade, e que em Cristo ela não está dividida – “Creio na Igreja Una” (cf. 1Cor 1, 11-13). A unidade da fé, com o respeito às legitimas diferenças, nos move na direção da aceitação mútua, ajudando-nos como membros do único Corpo de Cristo.

 

Agraciada pelo tema “Gentileza gera gentileza” (At 28,2), a semana nos recorda ainda a preocupação do Papa Francisco que, desde o início do seu ministério como sucessor de Pedro, tem insistido com toda a Igreja para que seja: próxima, acolhedora, samaritana, “Igreja em saída”, alegre por ser convocada a anunciar o evangelho a todos, sem excluir ninguém (cf. EvangeliiGaudium – sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual nº 20 e 23).

 

Motivadas pelo desejo de “unidade – unidade plena” (cf. Lumen Gentium – Vaticano II, Constituição Dogmática sobre a Igreja, nº 8), as Igrejas não se deixem abater pelos desafios do tempo presente, sobretudo, o de uma humanidade que, sob muitos aspectos, teima em viver sem referência ao seu Criador e Senhor, desafiosa serem vencidos pela força da oração e do desejo de anunciar Jesus Cristo, como “aquele que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva” (cf. Documento de Aparecida, nº 12).

 

Sabemos que nem a capacidade humana, e nem mesmo a “gentileza que gera gentileza”, serão capazes de abraçar um projeto, que ultrapassa nossa compreensão, e que pertence a Deus – a comunhão plena e visível de todos os cristãos, que só caminhará e prosperará, na confiança mútua e no sincero desejo de conversão. A obra é dele. Não sejamos obstáculo ao seu desejo, antes, instrumentos capacitados pelo seu Espírito, que vem do Alto, o Espírito Santo. Juntos já fizemos muito, mas temos um longo caminho a percorrer.

 

Por Dom Sérgio Aparecido Colombo, Bispo Diocesano de Bragança Paulista (SP). Ele também é Bispo Referencial do Regional Sul 1 da CNBB para a Pastoral da Comunicação.