Mensagem da Pastoral da Ecologia após 10 anos de sua criação na Região do Alto Tietê
Antes que o Magistério oficial da Igreja de Roma pudesse levar ao conhecimento do mundo católico e dos homens de boa vontade, temas e questões de cunho ecológico, a Igreja do Brasil já vinha falando de ações ecológicas nas Campanhas da Fraternidade. (CF).
A Comissão da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) há muito tempo vinha e continua a se posicionar em defesa do Meio Ambiente, do Planeta Terra, dos Biomas brasileiros, do desperdiço de água e da Saúde pública.
Há um grito que ressoa em todos os cantos: “A Terra é um planeta que está morrendo”.
O Brasil parecia também conjugar somente os verbos desmatar, maltratar e explorar a natureza e sobretudo a floresta amazônica e a mata Atlântica. Não dava mais para esperar. Precisava dizer um “Basta” a tanta destruição.
Na Diocese de Mogi das Cruzes, quem se interessou e levantou a voz em defesa da Serra do Itapeti que apresentava sinais de depredação, foi o Bispo diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini. Tratava-se de um leve golpe contra o Meio Ambiente.
Foi por isso que há 10 anos, a Pastoral da Ecologia começou a dar os primeiros passos, tendo o Bispo diocesano Dom Pedro Luiz como mola mestre que mordiscou de leve a Secretaria do Meio Ambiente para que tomasse providências na defesa e na integridade do solo da Serra do Itapeti.
Se passaram 10 anos, de 2013 a 2023, desde que a Pastoral da Ecologia iniciou a promover uma maior consciência ecológica, se unindo às Administrações municipais, a fim de evitar que a terra gemesse pela mole indolência dos filhos que a terra alimenta com seus frutos e produtos.
A terra, amante pela vida das criaturas, estende as mãos implorando: não viole e não substitua o verde com o asfalto liso e com arranha –céus, cubra-me de plantas e árvores, com flores que eu bordarei com cores e perfumes.
Ao grito da terra, une-se a voz dos oceanos, dos rios, das águas, arruinados e contaminados pelo estrago de material solido, dos esgotos que escorrem nas águas que percorrem com cheiro fétido e pútrido as nossas cidades.
Como não falar do céu que da vida à terra e às criaturas com o seu ar. A poluição, um inimigo a ser derrotado. O céu urra, pelas emissões de carbono estarem provocando perdas e danos imensuráveis à natureza e à vida de bilhões de pessoas.
Toda a população de um canto a outro da terra, animais e passarinhos, peixes e invertebrados vivem com o medo de doenças imprevistas que causam sérios danos à saúde.
A Pastoral da Ecologia sabe que precisa prosseguir com uma revisão cultural e pastoral de nosso relacionamento com o meio ambiente, bem como a valorização de políticas públicas e de uma economia mais verde em defesa dos recursos naturais. A natureza fulgirá novamente, brilhando para valer.
Pe. Carmine Mosca