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Nossa Diocese | Irmã Clara, uma vida dedicada ao Instituto Dona Placidina

Irmã Clara, uma vida dedicada ao Instituto Dona Placidina

Irmã Clara, após 50 anos de serviço incansável no Instituto Dona Placidina, iniciou a viver um tempo de silêncio, com apenas a capacidade de ouvir, rir e chorar.  Quis ficar em Mogi das Cruzes, quando bem podia voltar na Itália e ficar na sua terra sob os cuidados das irmãs Ursulinas. Quis prestigiar os últimos anos de vida com a comunidade religiosa das Irmãs Ursulinas de Mogi das Cruzes. As irmãs demonstraram uma profunda reverência pela sua pessoa e por estar com a doença de Alzheimer, deram-lhe toda a atenção e permaneceram sempre ao lado dela.

 

Desde a chegada em 1967 ao Instituto Dona Placidina, tornou-se uma referência como pessoa, coordenadora e diretora do Colégio, ao unir a sabedoria ao conhecimento metodológico.

 

Com certeza, o Instituto Dona Placidina deu um passo importantíssimo na prática e na aplicação dos princípios civis, morais, religiosos e culturais.

 

Irmã Clara estava repleta de alegria e de urgência em qualificar o colégio e foram os alunos que mostraram os surpreendentes resultados obtidos no Placidina, sendo que uma boa parcela do sucesso era da irmã Clara, que acompanhava e dava vida aos sonhos de cada aluno.  

 

Irmã Clara humanizava e solucionava, de maneira concreta, qualquer situação que passava por ela, sem abstração erudita, mas no diálogo, com uma fala simples e fraterna.

 

A eterna gratidão parece ser a única resposta adequada, diante da tamanha grandeza de uma mulher consagrada a Cristo e ao serviço de evangelização das crianças e dos adolescentes. Porém, é como se ela ainda tivesse algo a nos transmitir, para nos ensinar a conhecer melhor cada aluno, sua inteligência e a complexa e volúvel manifestação de sentimentos que fazem parte do crescimento dos adolescentes.

 

Irma Clara era uma fonte que regava as novas sementes, ao ajudar os alunos a produzir frutos de bondade, de disciplina e de amor à família e ao Instituto.

 

De vez em quando, me encontro com as Irmãs Ursulinas e com a Irmã Helena, a nova diretora do Placidina. Ela vem fazendo um bom trabalho juntamente aos professores.

 

Na tarde do dia 19 de agosto presidi com a presença de outros padres e da Comunidade Religiosa das Irmãs Ursulinas, a Santa Missa de corpo presente, no salão da Catedral Sant´Ana. Houve uma grande participação da população mogiana e de outros municípios, da mesma forma que tinha acontecido na celebração das sete horas da manhã.

 

Existem muitas histórias de professores chamados a exercer a difícil missão nas salas de aula. A Irmã Clara tratava dos fatos desagradáveis com os professores e com os alunos, sem nenhuma palavra ameaçadora, nada era forçado, nada de querer falar primeiro. As decisões tomadas por ela revelavam a sua grande experiência pedagógica. Afastada por causa da doença, a suportou durante quatro anos, mas era possível notar as forças do corpo robusto e como ficava feliz ao perceber o carinho dos que a rodeavam. Embora vivesse num mundo paralelo, enchia de luz os seus olhos e os daqueles que a viam. 

 

Era uma religiosa informada a respeito de qualquer assunto de importância ou valor e partilhava os conhecimentos com a modéstia habitual.

 

Confesso que falar da Irmã Clara não é falar de qualquer pessoa, por ser uma mulher simples, humilde e grandiosa. É muita história para uma pequena coluna e para as nossas almas. Louvado seja Deus.

 

Pe. Carmine Mosca

 

Foto: O Diário de Mogi

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