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Palavra do Bispo | Mensagem

Mensagem

Mogi das Cruzes, 21 de abril de 2020.

 

Dom Paulo Mascarenhas Roxo – bispo emérito

Monsenhor Antonio Robson Gonçalves – vigário geral

Párocos, vigários e demais sacerdotes

 

Queridos padres!

 

Nas alegrias do tempo pascal, saúdo a cada um dos irmãos presbíteros de nossa diocese na paz do Cristo Ressuscitado. Uno-me a cada um dos senhores para estreitar nossos laços de amizade, unidade e comunhão, nesse tempo de isolamento social que estamos vivendo, determinado pelo Ministério da Saúde e Governos estadual e municipal, para impedir o quanto mais a propagação do Corona Vírus e a consequente Covid-19.

 

Meu intuito é prestar a cada um dos irmãos presbíteros um profundo agradecimento, que estendo, da mesma forma, aos irmãos diáconos transitórios e permanentes. Há diversos motivos que me levam a agradecer.

 

Começo pela Semana Santa. Na missa dos Santos Óleos, dia 9 de abril, e também em diversas outras oportunidades, eu me referi ao testemunho bonito, forte e edificante dos nossos padres, nesses tempos difíceis de pandemia, com as celebrações realizadas a portas fechadas e os atos litúrgicos transmitidos pela internet, para que um grande número dos fiéis pudesse acompanhar. Também me referi aos padres que, a pé, em carro de som e até de helicóptero, levaram ao povo a bênção, o conforto e presença de Cristo e da Igreja. Transcorrida a Semana Santa, Cristo bom pastor, visível no ministério cada sacerdote, continua presente junto ao nosso povo, por meio de diversas iniciativas, celebrações, bênção e passagem do Santíssimo Sacramento pelas ruas, momentos de distribuição da sagrada comunhão, benção a doentes e mensagens diversas por meio de áudios e vídeos, etc ...

 

Outro agradecimento que faço aos senhores padres brota do meu coração ao testemunhar a sensibilidade e generosidade que vêm das iniciativas de caridade para com os pobres, sobretudo através da arrecadação e entrega, nas igrejas e nos domicílios, de cestas básicas, num momento como esse, em que as famílias passam ainda mais necessidade. Além disso, sei que há tantos outros gestos e sinais inspirados na vida fraterna das primeiras comunidades: “a multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Tudo entre eles era posto em comum; ninguém passava necessidade. Colocavam tudo aos pés dos apóstolos e depois era distribuído conforme a necessidade de cada um” (cf. At 4,32-35).

 

Agradeço também pelo sublime gesto de sacrifício e renúncia pessoal, feita de diversos modos. Sei que há padres tendo que renunciar à própria côngrua a que tem direito; e há outros (incluindo o bispo diocesano) que a reduziram pela metade. Sei também que a estrutura e a organização administrativa das igrejas, casas paroquiais, cúria, residência episcopal estão passando por redução de gastos, não sem sacrifícios por parte de todos. Aqui agradeço também aos nossos funcionários das paróquias, cúria, entidades e tantos outros serviços.

 

Enfim, é um tempo de oração, purificação e reflexão. Que tudo isso nos renove, conduzindo as pessoas, a Igreja e toda a sociedade a uma revisão dos valores, em busca de hábitos mais saudáveis de vida, com menos consumismo e mais sobriedade, onde prevaleça um maior cuidado para com as pessoas e com a natureza. E que uma vivência mais profunda da mística e da espiritualidade evangélica, que nos leva a aspirar sempre mais as coisas do alto, frutifique num maior empenho para construir uma sociedade mais justa, democrática, fraterna e sustentável.

 

Saúdo também aos consagrados, consagradas, seminaristas e aos fiéis leigos e leigas da Diocese de Mogi das Cruzes, levando a todos uma mensagem de esperança, à luz da Ressurreição do Senhor, no desejo que a todos resplandeça, pela intercessão de Maria e nossa padroeira Sant’Anna, a bênção de Deus.

 

Fraternalmente,

 

Dom Pedro Luiz Stringhini

Bispo diocesano

 

 

 

 

 

 


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