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Palavra do Bispo | Diocese de Mogi das Cruzes

Diocese de Mogi das Cruzes

Diocese de Mogi das Cruzes

30 de dezembro: Aniversário da instalação da Diocese

 

A Diocese de Mogi das Cruzes foi instalada no dia trinta de dezembro de 1962. Completa, pois, em 2020, cinquenta e oito anos de sua instalação. A alegria enseja fervorosa ação de graças por abundantes frutos de evangelização produzidos nesse tempo. A criação da diocese se dá pela bula papal Quo Cristiana (quo cristiana fides et religio maiora in brasiliana reppublica ...), do Papa João XXIII, em 9 de junho de 1962. Em seguida, dia 11 de agosto do mesmo ano, é nomeado o primeiro bispo, Dom Paulo Rolim Loureiro. A instalação da diocese acontece no dia 30 de dezembro de 1962.

 

O território da Diocese de Mogi das Cruzes, na Região do alto Tietê, foi desmembrado da Arquidiocese de São Paulo. Foi governada pelos seguintes bispos: Dom Paulo Rolim Loureiro (1962-1975); Dom Emílio Pignoli (1976-1989); Dom Paulo Mascarenhas Roxo (1990-2004), Dom Airton José dos Santos (2004-2012) e Dom Pedro Luiz Stringhini, que tomou posse em 24 de novembro de 2012.

 

Estrutura. A Diocese é formada por dez Municípios do Alto Tietê: Mogi das Cruzes (sede), Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Arujá, Santa Isabel, Guararema, Salesópolis e Biritiba Mirim. Hoje, conta com oitenta e três paróquias (algumas são ainda quase-paróquias), cerca de trezentas e setenta comunidades eclesiais e capelas. Para dinamizar a articulação, conta com 9 regiões pastorais, cada uma delas tendo um padre coordenador.

 

O bispo conta com o auxílio direto do Vigário Geral, Mons. Antonio Robson Gonçalves (que também exerce a função de vigário judicial). O Tribunal eclesiástico foi fundado em 22 de fevereiro de 2016. São 108 sacerdotes incardinados na diocese, 12 padres de outras dioceses, 33 padres pertencentes a congregações religiosas, 41 diáconos permanentes e 2 diáconos transitórios (Domingos e Ulisses). Há padres trabalhando ou estudando fora da Diocese (Amazonas, África, Roma, Espanha)

 

Os bispos tiveram sempre a preocupação com a criação de novas paróquias e a consolidação do seminário para a formação dos sacerdotes, para o que faz-se necessária uma consistente animação vocacional. Para formar os padres, deu-se a instalação do Instituto que, posteriormente, na década de 1990, tornou-se a Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI, com sede em Mogi.

 

O seminário diocesano Sagrado Coração de Jesus é a residência para os estudantes de filosofia e teologia, que conta atualmente com sua nova capela, construída há dois anos. O seminário Nossa Senhora do Socorro destina-se aos alunos do Propedêutico. Ambas as casas localizam-se no Sítio Tabor. Em 2014, foi construído o prédio para o Seminário Menor São João XXIII, à Rua Brás de Pina 560, e inaugurado no início de 2015. Funcionou até 2019 até que, em 2020, contando com apenas um aluno, passou a ser utilizado como sede da cúria diocesana e do tribunal eclesiástico.

 

Além de diversas congregações religiosas (masculinas e femininas), há a presença dos monges e monjas camaldolenses. Conta com inúmeros movimentos eclesiais e novas comunidades, pastorais e associações. Está em vigência o 8º Plano diocesano de Pastoral e em fase de elaboração o 9º Plano. A diocese participa da missão Ad Gentes do Regional Sul 1 da CNBB, com presença no Estado Amazonas (Pe. Rômulo, em Coari), e na Diocese de Pemba, Moçambique, África (frei Boaventura).

 

A Diocese de Mogi das Cruzes é uma Igreja marcada pela religiosidade popular, haja vista a Festa do Divino, a festa dos padroeiros e tantas peregrinações, especialmente para o Santuário de Aparecida. Lá se realizam diversas romarias: a diocesana, a dos seminaristas, dos padres, da Festa do Divino, das paróquias e tantas outras. Ressalte-se também a romaria anual do Movimento da Mãe Peregrina ao Santuário de Schönstatt, em Atibaia.

 

O serviço de caridade e promoção humana é realizado pelas pastorais sociais, através do trabalho dedicado de tantos cristãos leigos e leigas, que são, na Igreja e na sociedade, sal da terra e luz do mundo. Destaque para a Cáritas, Abomoras, Instituto Ana de Moura, Comunidade Terapêutica Rosa Mística, as Pastorais Sociais.

 

No campo da educação, além da Faculdade Paulo VI, a diocese conta também com o Colégio Diocesano Paulo VI, em Suzano, e o Colégio Dona Placidina, em Mogi. Para a formação sócio-política e diálogo entre fé e compromisso social, a diocese possui a Escola da Cidadania, que funciona aos sábados, nas dependências da Faculdade Paulo VI. Está em fase de organização o acervo de peças com capacidade para prover o museu diocesano de arte sacra.

 

Alguns dados da História

 

A Diocese, com 58 anos de existência, se insere na História de Mogi das Cruzes, com 460 anos. Gaspar Vaz foi o fundador de Mogi das Cruzes no ano de 1560. Abriu o primeiro caminho de acesso a São Paulo, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade. Em 1º de setembro de 1611, dá-se a elevação do povoado a vila: Vila de Sant’Anna ou Vila de Santa Ana das Cruzes de Mogy. Nesse ano de 1611 a vila foi elevada a Município.

 

A devoção a Sant’Anna em Mogi das Cruzes remonta aos primórdios históricos da vila, há quatro séculos, desde 1611. Os fundadores da cidade já buscavam sua intercessão e inspiração e quiseram homenageá-la com o nome primitivo de “Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim”. Com efeito, a silhueta de Sant’Anna aparece até mesmo no brasão e na bandeira da cidade e o marco zero de Mogi se localiza em frente à Catedral Diocesana, construída no mesmo local da antiga matriz.

 

Em 1626, a Câmara Municipal da Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim requisita um convento carmelita, a pedido do Pe. Gaspar Sanches, o primeiro vigário da Paróquia de Sant’Anna (Delcimar, pp. 19-21). Em 1627, chegam os freis carmelitas.

 

Em 1741, a capela de taipa, construída por escravos, dedicada a Sant’Anna, ainda servia de matriz (p. 23). Em 1º de agosto de 1899, há o lançamento da pedra inaugural da primeira torre da Igreja Matriz de Sant’Anna, no Largo da Matriz (que havia sido consagrada em 28 de setembro de 1884), contando com a presença do então vigário-geral, Pe. João Lourenço de Siqueira.

 

Em 1951, a velha matriz vem a ruir. O pároco era o Pe. Roque Pinto de Barros. No dia 26 de julho de 1952, foi dada a bênção especial para o lançamento da pedra fundamental para o início das obras da construção da nova igreja de Sant’Anna no mesmo local da velha sede paroquial (Delcimar: p. 27).

 

Dom Pedro Luiz Stringhini

Mogi das Cruzes, 30 de dezembro de 2020