Eucaristia em ação de graças pela Comunidade Católica Palavra Viva por ocasião da Profissão definitiva dos compromissos evangélicos e
Ministério de leitorado e Admissão a candidato às Ordens Sacras de
Guilherme dos Santos Durães
09 de outubro de 2021
Anunciar Jesus Cristo ao Mundo é missão precípua da Igreja, conduzida que pelo Espírito Santo, enviado por Jesus Cristo no dia de Pentecostes.
“No coração da Igreja quero me consagrar!”. Este refrão do canto de entrada evoca Santa Terezinha quando afirma: “no coração da Igreja serei o amor”. O amor de Cristo segue impelindo os corações de irmãos e irmãs que consagram suas vidas a serviço de Cristo e dos irmãos, preferentemente aos mais pobres.
Como consagrado e, futuramente, como ministro ordenado, Guilherme estará “a serviço da fé, que se fundamenta na Palavra de Deus”. Desse modo, caro filho, “proclamarás esta Palavra na assembleia litúrgica, instruirás na fé as crianças e os adultos, preparando-os para receberem dignamente os sacramentos. Assim, com tua ajuda, poderão chegar ao conhecimento de Deus” (cf. Pontifical Romano)
Quanto à Palavra de Deus, dizem os sábios de Israel, “é preciso estudá-la com método, interrogar e responder de forma conveniente, ouvir os ensinamentos e em seguida meditá-los: é preciso aprender para poder ensinar e praticar o que se aprendeu”.
De fato, na Igreja, o anúncio ser reforçado pelo ensino e ambos são confirmados pelo testemunho. E assim “defendendo firmemente o depósito da fé”, Guilherme seguirá os conselhos de Paulo a Timóteo: “proclama a palavra, insiste, no tempo oportuno e no inoportuno, refuta, ameaça, exorta com toda paciência e doutrina” (2 Tm 4,2).
A Eucaristia realiza a profecia de Joel proclamada na 1ª. Leitura (Joel 4,12-21): “o Dia do Senhor está próximo” e “o Senhor será refúgio e fortaleza para seu povo”. Deus habita em seu monte santo, o lugar sagrado, a Jerusalém celeste. Ali haverá abundância dos bens escatológicos: “a colheita está madura e o lagar está cheio”, “os montes farão correr vinho, as colinas manarão leite, aos regatos não há de faltar água e da casa do Senhor brotará uma fonte” ... são os “novos céus e nova terra” descritos no Apocalipse, frutos de eternidade já colhidos no presente, pois anunciamos a morte do Senhor e proclamamos Sua ressurreição até que Ele venha.
Maria é a presença da mãe que intercede e inspira. Modelo de discípula e de servidora. É bem-aventurada: feliz. A mulher que do meio da multidão exclama: “feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram” (Lc 11,27) elogia a mãe porque se encantou com o filho. Por isso, nós chamamos a mãe de Jesus de Nossa Senhora e Mãe de Deus, para o povo brasileiro, Nossa Senhora Aparecida.
A exclamação daquela mulher traça um paralelo com as palavras de Isabel, que qualifica sua prima como “a mãe do meu Senhor” ao exclamar: “feliz a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45). Em Maria, mais do que em nenhum ser humano, se cumprem as palavras de Jesus: “felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”. De fato, foi ela que, na anunciação, respondeu ao anjo Gabriel: “eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38). Maria sabe que a Palavra de Deus é “lâmpada para os pés e luz para o caminho”, “conforto para alma e alegria ao coração” (Sl18/19).
Peçamos a intercessão de Maria, mãe da Igreja e modelo dos consagrados. De São Francisco de Assis aprendamos o espírito de pobreza, de Santa Terezinha o espírito de contemplação e de São Miguel o espírito de combate nas lutas contra o mal. E que o Espírito Santo ilumine com seus sete dons. “Uma luz já se levanta para os justos e a alegria para os retos corações” (Sl 97/97,11). Amém!
Dom Pedro Luiz Stringhini
Mogi das Cruzes, 09 de outubro de 2021