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Palavra do Bispo | Assembleia Diocesana – 11.3.2023

Assembleia Diocesana – 11.3.2023

Assembleia Diocesana – 11.3.2023

 

Segundo o site Catholic Hierarchy, dados estatísticos do ano 2019 (Fonte ap 2020), a Diocese de Mogi das Cruzes, nessa época (2019), contava com uma população de 1.634.420 habitantes, sendo 980.652 católicos (60.0%). Naquele ano (2019), a Diocese contava com 106 padres diocesanos e 41 padres religiosos, num total de 147 padres, sendo, portanto, 6.671 católicos por padre. Ainda em 2019: 30 diáconos permanentes, 69 religiosos, 91 religiosas e 79 paróquias.

 

 

  1. UM OLHAR SOBRE A DIOCESE

 

- Novas Paróquias e novos padres (2013-2023):

Nos últimos dez anos, foram criadas 43 novas paróquias, somando um total de 90 paróquias. E as comunidades eclesiais, chamadas também de capelas ou comunidades eclesiais missionárias, atingem o número de 370 aproximadamente. Além dos santuários e capelas nos seminários, mosteiros e casas religiosas.

 

Na qualidade de bispo diocesano, realizei na diocese 76 ordenações sacerdotais, sendo 66 padres diocesanos e 10 religiosos. Realizei também, cada ano, ordenações diaconais, e assim ordenei, nesse tempo, 55 diáconos permanentes. Nossa diocese enviou 20 padres e dois diáconos em missão, no Amazonas, Rondônia, Bahia, MG, África, Europa.

 

Em 22 de fevereiro de 2016, deu-se a instalação do Tribunal Eclesiástico Diocesano.

 

 

Investimentos da cúria diocesana nos últimos 10 anos: (R$ 8.694.917,94)

- Construções: cúria diocesana, capela do seminário (renda da Festa do Divino e Festa do Seminário), novo prédio da Faculdade Paulo VI;

- Aquisição de casas paroquiais: São Bartolomeu, N. Sra. de Fátima (Ferraz), São Francisco (Ferraz) e Nossa Senhora Aparecida (Arujá), São Pedro Apóstolo (Jd. Santos Dumont, Mogi), Nossa Senhora das Graças (Jundiapeba), Santa Helena (Poá);

- Restauros: grades em frente à residência episcopal, limpeza externa da catedral, capela Nossa Senhora dos Remédios (Mogi), ampliação do Colégio Diocesano (2013-2015), telhado do casarão da Faculdade Paulo VI (Festa do Divino), restauro dos dois prédios de apartamento, pintura da residência episcopal, adequação casa do seminário propedêutico (Tabor);

- Aquisição de terrenos nas seguintes paróquias: Santa Cruz (Ponte Grande), Comunidade N. Sra. das Dores da Par. S. José, Poá (62 mil reais); Vila Piauí (Ferraz de Vasconcelos), Comunidade São Miguel (Varinhas, Mogi), Nossa Senhora das Graças (Jundiapeba);

- Aquisição de terrenos (mediante empréstimo): Par. SagradoCoração de Jesus (Suzano), Par. S. Paulo Apóstolo (Ferraz);

- Compra de veículos;

 

 

Administração / Finanças

- CAE: Conselho para Assuntos Econômicos (em nível paroquial e diocesano);

- Taxa de 13% das entradas das paróquias, destinada à cúria diocesana;

- coletas fixas: Campanha para a Evangelização (3º Domingo do Advento), Campanha da Fraternidade (Domingo de Ramos); Lugares Santos (sexta-feira santa), Óbolo de São Pedro (solenidade de São Pedro e São Paulo)

- Festa do Divino e Festa do Seminário;

 

 

Órgãos de assessoria ao Governo diocesano:

- Cúria diocesana: Chancelaria, Procuradoria e Economato, Secretariado de Pastoral, Tribunal eclesiástico;

- Regiões Pastorais (cada uma com o respectivo padre coordenador): Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Santa Isabel (Arujá, Santa Isabel, Guararema), Salesópolis (e Biritiba Mirim), César de Souza, Catedral e Braz Cubas;

- Conselhos: Colégio dos Consultores, Conselho de Presbíteros, Colegiado de Pastoral, Pastoral Presbiteral;

- Seminário diocesano: seminário de Teologia Sagrado Coração; Seminário de Filosofia São José e Seminário Propedêutico Nossa Senhora do Socorro;

- Formação: Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI; Escola Diaconal; Escola da Cidadania; Colégios Paulo VI e Dona Placidina, Colégio Seibo (Freis conventuais), CWC;

- Clero diocesano (bispo, padres e diáconos), congregações religiosas (masculinas e femininas);

 

 

Organização pastoral:

- Pastoral vocacional, animação vocacional, encontros vocacionais;

- Dimensão social: Cáritas (creches, Casa Emanuel, Casa Cireneu), Pastorais Sociais (criança, menor, carcerária, saúde, presença junto aos moradores de rua, etc), entidades sociais (Abomoras, Comunidade Terapêutica Rosa Mística, Instituto Pró + Vida, etc), Casas de Assis, Irmão Edson, Associação Emaús: Comunidade Guadalupe (Pe. Ademir), Associação São Lourenço, obra social das Irmãs Ursulinas;

- Escola da Cidadania, Campanha da Fraternidade;

- Setor da Família: Pastoral Familiar, Equipes de Nossa Senhora, Encontro de Casais com Cristo, Comunidade Famílias Novas e Comissão de Defesa da Vida (a ser revitalizada);

- Movimentos: Renovação Carismática Católica, Caminho Neocatecumenal, Comunidade Católica Palavra Viva, etc;

- Pastorais, Movimentos, Associações Novas Comunidades (cerca de 20);

- Setor da Juventude;

- Festa do Divino Espírito Santo;

 

 

ILUMINANDO A EVANGELIZAÇÃO

 

O 8º Plano de Diocesano de Pastoral está em sintonia com as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ou seja, ele segue o esquema das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2011-2015 (Documento 94), que terá continuidade nas DGAE 2015-2019 (Documento 102), como segue:

 

1.1. Igreja em estado permanente de missão

1.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã (Catequese)

1.2. Igreja: lugar da animação bíblica da vida e da pastoral (Palavra)

1.4. Igreja: comunidade de comunidades (vida comunitária)

1.5. Igreja: a serviço da vida plena para todos (Caridade)

 

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019-2023 (Documento 109)

 

Objetivo:

EVANGELIZAR

No Brasil cada vez mais urbano

Pelo anúncio da Palavra de Deus

Formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo

Em comunidades eclesiais missionárias

À luz da evangélica opção preferencial pelos pobres

Cuidando da Casa Comum e

Testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude

 

Os quatro pilares da Evangelização:

PALAVRA: Bíblia – Catequese – iniciação cristã – formação ...

PÃO: Eucaristia – Sacramentos – Liturgia

CARIDADE: serviço aos pobres – pastorais sociais – Cáritas – vicentinos – Escola da Cidadania – Campanha da Fraternidade

MISSÃO: na Diocese e Ad Gentes

 

 

Campanha da Fraternidade 2023

A Campanhas da Fraternidade 2023 traz o tema Fraternidade e Fome e o lema Dai-lhes vós mesmos de comer! (Mt 14,16). É a Campanha em sua edição nº 60 (sexagésima edição). E a terceira edição com o mesmo tema: CF 1975: Repartir o Pão; CF 1985: Pão para quem tem fome.

 

Dar de comer a quem tem fome é a primeira das obras de misericórdia citadas no capítulo 25 do evangelho de Mateus. As seguintes são: saciar a sede, vestir os nus, cuidar dos doentes, visitar os presos, acolher os refugiados. Saciar a fome é a primeira e fundamental ação de caridade dos cristãos e de toda a Igreja, no nível pessoal e comunitário, no nível paroquial e diocesano.

 

O texto base cita como exemplos de ação na Igreja as Conferências dos Vicentinos (Sociedade São Vicente de Paulo – SSVP), a Pastoral da Criança, a Cáritas, etc;

 

Há 20 anos (em 2002), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sob a liderança de Dom Luciano Mendes de Almeida, lançou o Mutirão de Superação da Miséria e da Fome, tendo como base o Documento 69 – Exigências Evangélicas e Éticas de Superação da Miséria e da Fome, “Alimento, dom de Deus, direito de todos” (2002).

 

Parcerias. O texto base ressalta a necessidade de parcerias, em que as iniciativas da Igreja são reforçadas, quando se somam seja às do Governo, seja às de outras entidades da sociedade civil. Seguido ao Mutirão da CNBB, em 2002, o Governo federal lançou, em 2003, o Programa “Fome Zero” que se expandiu através do Programa “Bolsa Família”. E, passo a passo, o Brasil foi deixando de figurar no mapa da fome, para voltar com um grande contingente de famintos, nos últimos anos.

 

Naquele tempo (vinte anos atrás), foi também implementado o Programa de construção de um milhão de cisternas, no Nordeste, para captação de águas das chuvas, levando água às famílias do semi-árido e respondendo à necessidade básica e ao direito humano fundamental de acesso à água. Esta iniciativa foi uma parceria entre a Cáritas Nacional e a Agência Nacional das Águas (ANA).

 

 

DGAE 2015-2019

Na sua Assembleia Ordinária de 2014, a CNBB decidiu dar continuidade às DGAE 2011-2015, atualizando-as à luz da Exortação apostólica Evangelii Gaudium, sobre a alegria do Evangelho. A continuidade foi motivada pela necessidade de dar prosseguimento ao processo de aplicação do Documento de Aparecida, que é a principal referência das Diretrizes 2011-2015. O renovado empenho missionário que a Conferência de Aparecida nos pede e o amplo processo de “conversão pastoral” que ela propõe, estão em pleno curso. Além disso, a revisão das DGAE à luz da Evangelii Gaudium mostrou-se igualmente necessária. O Papa Francisco apresentou a sua Exortação indicando caminhos para o percurso da a Igreja nos próximos anos e convocou toda a Igreja a “avançar no caminho da conversão pastoral e missionária”, a “não deixar as coisas como estão” e a se “constituir em estado permanente de missão”. A recepção da Evangelii Gaudium pela Igreja no Brasil reforça e aprofunda as grandes opções da Conferência de Aparecida assumidas pela CNBB, em suas diretrizes para ação evangelizadora. A celebração do quinquagésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II (08.12.1965) e o Ano Santo da Misericórdia (08.12.2015 a 20.11.2016) nos convidam a prosseguir no caminho da renovação pastoral, no contexto de uma nova evangelização, com novo ardor missionário e criatividade pastoral (DOC 102, n. 2, 2015).

 

Contexto atual: mudança de época. “Vivemos uma época de transformações profundas. Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época”. São tempos nos quais se constatam avanços e conquistas no mundo das ciências e da técnica, que proporcionam conforto e bem-estar. Constatam-se também avanços em vários âmbitos da sociedade: a promoção da mulher; a valorização das minorias étnicas; o destaque à justiça, à paz e à ecologia; a consciência da importância dos movimentos sociais e dos direitos à educação e à saúde; iniciativas para a superação da miséria e da fome.

 

O fenômeno da globalização, embora atinja todos os recantos do planeta, não se restringe ao âmbito geográfico, mas produz transformações que atingem todos os setores da vida humana. Vive-se sob o imperativo da racionalização técnico-cientifica, voltada para a produtividade, o consumo e o lucro, que representam, muitas vezes, hipotecas pesadas para a natureza e as futuras gerações. O que até bem pouco tempo era tido como referências seguras, orientações determinantes para viver e conviver, se tornou insuficiente para responder às novas situações com seus desafios” (DOC 102, n. 19 e 20, 2015).

 

 

Dom Pedro Luiz Stringhini

Mogi das Cruzes, 07 de março de 2023