Transbordante alegria e em profunda ação de graças, com toda a Igreja católica, a Diocese de Mogi das Cruzes acolhe o Papa Francisco, amado, desde o primeiro momento, pelos católicos e pelo mundo inteiro. Jesus Cristo, bom pastor e Senhor da messe, ama sua Igreja, colocando à sua frente pastores segundo Seu coração. A escolha do Papa Francisco foi um grande sinal do amor de Cristo à Igreja, principal herança por Ele deixada para a salvação da humanidade.
“Olhos fixos em Jesus” (cf. Hb 12,2), ancorado na sabedoria do Evangelho, fiel ao mandato apostólico, profeticamente atento aos pobres e sofredores, assim se apresenta à humanidade o sucessor do Apóstolo Pedro.
A escolha do Arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Mario Bergoglio, foi obra do Divino Espírito Santo em favor da humanidade, através da Igreja una, santa, católica, apostólica, romana. De fato, foi como bispo de Roma que o Papa Francisco proferiu suas primeiras palavras, saudando o povo daquela Diocese, os romanos.
O Papa Francisco impressionou e cativou com seu olhar, sorriso, simplicidade e espiritualidade. Ao se apresentar, rezou pelo Papa Emérito, pediu que o povo orasse em silêncio por ele e concedeu a bênção urbi et orbe (à cidade e ao mundo).
A escolha do nome ‘Francisco’ diz muito sobre o caminho que deseja percorrer, seguindo o exemplo de humildade de São Francisco de Assis. Desse modo, na escolha do nome, o Papa evidencia, para si, para aos cristãos católicos e para a humanidade, a importância e a atualidade da espiritualidade franciscana, fundamentada no amor a Deus, aos pobres e à natureza. Espiritualidade que traz como conseqüência: simplicidade, diálogo, beleza, contemplação, transcendência.
O Papa se referiu a São Francisco como “homem da paz, homem da pobreza, homem que ama e cuida da criação”, completando, com palavras claras e contundentes: “como eu desejaria uma Igreja pobre e para os pobres”.
No seu primeiro Ângelus (5º Domingo da Quaresma, Evangelho da mulher perdoada), afirmou que “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão. Temos de aprender a ser misericordiosos com todos”, visto que “a misericórdia muda tudo; torna o mundo menos frio e mais justo”.
Com alegria, o Brasil vai receber o Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro. Em 2007, ele, então Cardeal Bergoglio, participou, em Aparecida-SP, da V Conferência do Episcopado Latino-Americano (CELAM), sendo um dos redatores do Documento de Aparecida (DAp), que reforçou a dimensão missionária da Igreja.
Como ele pediu em sua primeira mensagem, peço também que nossa Igreja diocesana reze por ele, para que tenha força e inspiração em sua árdua e valorosa missão. Afirmo nosso compromisso de amor, fidelidade e obediência à sua pessoa e aos seus ensinamentos. Deus abençoe o Papa Francisco e que haja paz no mundo inteiro, pois Cristo é nossa paz.
Dom Pedro Luiz Stringhini
Bispo diocesano de Mogi das Cruzes – SP
17 de março de 2013