As paróquias e as comunidades eclesiais são instrumentos eficazes para a missão evangelizadora da Igreja e sua presença visível, capilar e consolidada na sociedade. As paróquias, instaladas no território de uma diocese, têm base sólida no código de direito canônico, que lhes dá consistência e respaldo.
A Igreja católica vem enfrentando, há pelo menos duas décadas, o emergente fenômeno da migração religiosa. Os dois últimos censos (2000 e 2010) oferecem um mapa dessa migração, mostrando a diminuição considerável do número de católicos no Brasil. Em 1990, os católicos somavam cerca de 83% da população brasileira; em 2000, somavam 73,6% dos brasileiros e, em 2010, diminuíram para 64,6%.
Tais dados trazem preocupação à Igreja e a interpelam a dar respostas urgentes, isto é, onde surge um novo bairro, sem demora, lá a Igreja instalará uma nova comunidade, possibilitando à paróquia uma presença expandida, ágil e próxima da população. A missão é bem definida: proclamar a palavra de Deus, celebrar o mistério divino na liturgia e praticar a caridade, especialmente para com os pobres.
Os cristãos leigos são a presença da Igreja no contexto social onde vivem, trabalham e se relacionam, dando testemunho público de sua fé e o bom exemplo como pai, mãe, profissional, cidadão. O leigo é a presença da Igreja no coração do mundo e a presença do mundo no coração da Igreja. É necessário que ele receba da Igreja sólida formação em teologia, espiritualidade, ciências humanas e sociais.
A perda de fiéis católicos, os inúmeros desafios do mundo urbano e da modernidade, a defesa de valores fundamentais da família, da justiça social, da ecologia, são motivações para a Igreja empreender novo entusiasmo missionário e renovado esforço evangelizador, recordando o mandato do Senhor ressuscitado aos apóstolos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Dom Pedro Luiz Stringhini
Mogi das Cruzes, 02 de setembro de 2013.