Na festa de Nossa Senhora de Guadalupe, 12 de dezembro, na catedral de Mogi das Cruzes, foram ordenados sacerdotes três membros da Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo, os Freis Boaventura dos Pobres de Jesus Cristo, Kephas Filho das Santas Chagas e Mikael Custódio das Santas Chagas.
Fundada, há treze anos, pelo Pe. Gilson Sobreiro de Araújo, conhecida como Fraternidade Missionária ‘O Caminho’, passa a ser, a partir de agora, uma Sociedade Pública de Fiéis, com desejo de, no futuro, tornar-se um Instituto Religioso de Direito Diocesano.
Maria, modelo de santidade, fidelidade e alegria no serviço. No momento da anunciação, o anjo Gabriel afirma: encontraste graça diante de Deus. Vale dizer que Maria estava repleta da graça de Deus e se realizava, de modo admirável, o mistério da encarnação.
Na visita a Isabel, Maria é apresentada como modelo de quem encontra sua alegria na docilidade à vontade de Deus e no serviço generoso ao próximo. Distâncias e temores não a impedem de expressar sua generosidade para com sua prima, revelando-lhe os desígnios insondáveis da salvação.
Ao afirmar, nas bodas de Caná, fazei tudo o que ele disser, Maria aponta, mais que a humanidade de seu filho, a divindade e messianidade daquele que veio para ser Emanuel, Deus conosco, Ele mesmo, Jesus Cristo, o vinho novo do banquete do Reino de Deus.
A festa de Nossa Senhora de Guadalupe é ocasião de grande manifestação da piedade popular, para o México e toda a América Latina, como é Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.
O Presbítero e a Misericórdia. Na oração do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco reza: “Vós quisestes que vossos ministros fossem também revestidos de fraquezas, para sentirem como justa a compaixão pelos que estão na ignorância e no erro: fazei com que todos os que se aproximam de cada um dos vossos ministros sintam-se acolhidos, amados e perdoados por Deus”.
O profeta, segundo Isaías (Is 6,1-3), tem a missão de proclamar para o povo a misericórdia de Deus: curar as feridas da alma, consolar os que choram, reservar e dar aos que sofrem uma coroa de vitória, o óleo da alegria, o manto da dignidade. Deus reveste seu povo, especialmente os pobres, da sua realeza (coroa, óleo, manto).
O Presbítero e os pobres. O Espírito do Senhor envia profetas, sacerdotes, pastores para anunciar a boa nova aos pobres, a redenção para os cativos, a liberdade aos presos. Evangelizar os pobres é estar com eles, promovê-los, libertá-los, dando vista aos cegos, desatando as algemas, abrindo as prisões. O olhar e o coração do presbítero estejam sempre voltados para o sofrimento dos pobres no mundo, as vítima das guerras, refugiados, perseguidos, a começar pelos pobres que estão ao nosso lado.
O Presbítero e os sacramentos. Os sacramentos são sinais da graça e os presbíteros são ministros dos sacramentos. A Eucaristia faz a Igreja e o presbítero faz a eucaristia. Na confissão, o ministro ordenado é instrumento de perdão e reconciliação. Pela unção dos enfermos, leva o alívio das dores do corpo e do espírito.
A Igreja diocesana se rejubila pela ordenação de mais três sacerdotes, ministros do altar, da Palavra e da caridade. A minha alma engrandece o Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu salvador (Lc 1,47).
Dom Pedro Luiz Stringhini
12 de dezembro de 2015