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Palavra do Bispo | Assembleia Diocesana 2016

Assembleia Diocesana 2016

O 8º plano de pastoral é um precioso auxílio para a missão evangelizadora da Igreja diocesana, consolidando a pastoral de conjunto e apontando caminhos de unidade e comunhão eclesial. Oferece orientações e diretrizes pastorais, apontando caminhos de evangelização para a Igreja diocesana.

 

A Diocese de Mogi das Cruzes, localizada nos dez municípios da Região do Alto Tietê, é composta de nove regiões pastorais, setenta e quatro paróquias, cerca de trezentas e sessenta capelas e comunidades eclesiais. Considere-se também a existência de novas comunidades, entidades sociais, pastorais, movimentos, associações. Também organismos, como a Cáritas diocesana, o Colégio diocesano em Suzano, a Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI e o recém-instalado Tribunal eclesiástico diocesano. E os agentes de pastoral: bispos, padres, diáconos, consagradas/os, leigas e leigos. A diocese rende graças pelas seis ordenações sacerdotais acontecidas nesse ano.

 

O oitavo plano contém três partes: 1. Indicadores da realidade social e ambiental dos dez municípios da região, especialmente a situação de pobreza e toda sorte de dificuldades que afetam as famílias e os mais pobres; 2. Iluminação bíblica, teológica e eclesiológica da vida pastoral, tendo em vista o apelo missionário da Igreja; 3. As comissões diocesanas de pastoral, conforme as doze comissões episcopais de pastoral da CNBB.

 

O Plano leva em conta as cinco urgências contidas nas diretrizes gerais da CNBB: missão, catequese, bíblia, comunidades, serviço. E quatro prioridades diocesanas para a evangelização: juventude, família, dimensão bíblico-catequética e serviço da caridade.

 

O plano de pastoral e a ação da Igreja diocesana têm por base importantes documentos: Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019 (Documentos da CNBB 102, de 2015); Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco (2013), sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual; Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado da casa comum (2015) e Exortação Apostólica Amoris Laetitia, sobre o amor na família (2016).

 

A fé do nosso povo, celebrada na liturgia da oficial da Igreja, se expressa também nas diversas práticas de piedade popular, na devoção à Virgem Maria e aos santos e santas padroeiros, nas irmandades, nas tradicionais festas do Divino, nas romarias e tantas outras expressões. Destaca-se ainda a presença de muitos grupos do terço dos homens e os diversos eventos e celebrações que acontecem no nível diocesano.

 

O amor de Cristo interpela os pastores e toda Igreja a terem um olhar preferencial para os pobres.  A Igreja é o povo de Deus que caminha na esperança, sinal do Reino de Deus anunciado por Jesus, reino de justiça, verdade, amor e paz. Os membros da Igreja dão testemunho de caridade e fraternidade, partilha de vida e solidariedade com os irmãos necessitados. A defesa da vida e da família, a participação na Igreja e no bairro são prenúncios de uma sociedade justa e sustentável.

 

Há que sempre se renovar o ardor missionário: "Em toda sua história, a Igreja nunca deixou de ser missionária. Se hoje partilhamos a experiência cristã, é porque alguém nos transmitiu a beleza da fé, apresentou-nos Jesus Cristo, acolheu-nos na comunidade eclesial e nos fascinou pelo serviço ao Reino de Deus” (DGAE nº 35).

 

É grande hoje o desafio, como orienta o Papa Francisco, de retomar do espírito o Concílio Vaticano II, com criatividade, coragem e generosidade (Voltar a Jesus, José Antonio Pagola, Vozes 2015). Para isso, é necessário:

 

1. Ter como ponto de partida a conversão a Jesus Cristo e ao Evangelho, conversão esta que precisa: a) acontecer a partir das paróquias e das comunidades; b) ser uma conversão pastoral e missionária; c) d) passar da via institucional aos caminhos abertos pelo Espírito; e) atuar com espírito profético, isto é, não perder a profecia;

 

2. Ter como horizonte o Reino de Deus e o projeto humanizador do Pai, por meio da acolhida, diálogo e misericórdia. A compaixão será o princípio de atuação, com um olhar preferencial para com os pobres e os afastados, considerando que os últimos serão os primeiros.

 

O ano do Senhor de 2016 é marcado pela celebração, pela vivência e pelos frutos colhidos do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco através da Bula Misericordiae Vultus, que indica Jesus Cristo como rosto da misericórdia do Pai. A diocese, com toda a Igreja, segue guiada pelo Espírito Santo de Deus, inspirada pela presença materna da Virgem Maria e fortalecida pela intercessão da patrona Santa Ana.

 

Dom Pedro Luiz Stringhini

Bispo diocesano

Mogi das Cruzes, 01 de outubro de 2016.