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Palavra do Bispo | Fé e Unidade

Fé e Unidade

“Divino Espírito Santo, guiai nosso caminho na Fé e na Unidade” é o lema da Festa do Divino 2017, ano da celebração dos trezentos anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida pelos pescadores, em 1717, nas águas do Rio Paraíba.

 

O roteiro de peregrinação “Rota da Luz”, destinado aos romeiros que perfazem o trajeto Mogi-Aparecida será um forte elo entre a devoção ao Divino, em Mogi das Cruzes, e a devoção a Nossa Senhora, em Aparecida. Um caminho de fé e unidade!

 

Somos todos peregrinos nesse mundo. Viemos de Deus Pai que nos criou, seguimos os caminhos traçados por Deus Filho, Jesus Cristo, rumo à Pátria celeste, o Reino definitivo. E somos guiados, inspirados e conduzidos pelo Espírito Santo, Deus de amor e de sabedoria.

 

Maria, mãe de Jesus, estava presente, com os apóstolos, no dia de Pentecostes, quando se deu o nascimento da Igreja de Cristo. O Espírito Santo continua derramando seus dons, renovando a face da terra e conduzindo a Igreja a fim de que, nos caminhos da história, ela seja um sinal eficaz de esperança para a humanidade. Maria segue caminhando com seu povo, inspirando ideais e projetos na construção da fraternidade, da justiça e da paz.

 

A festa do Divino de Mogi das Cruzes é uma grandiosa expressão da fé e da religiosidade do nosso povo. Fé é o ponto de partida, unidade é o de chegada. Caminhar é preciso, pois caminhando se faz o caminho. É um momento especial de congraçamento, alegria e comunhão, em que todos se sentem uma única família. 

 

“Do nascer do sol ao seu poente, louvado seja o nome do Senhor”! (Sl 113/112,2). Na festa, a alvorada de manhã bem cedo desperta os corações, ilumina a mente e aquece o espírito para mais um dia labutas e encontros fraternos. À noite, a novena na catedral marca o louvor vespertino, em solene ação de graças a Deus por mais um dia que se encerra. Põe-se o sol, permanece a esperança!

 

Tem quermesse e tem bandeiras, tem congada, marujada e moçambique, tem folclore e artesanato, encontros, sorrisos, música, saudade, emoção e prece. Tem império e sub-impérios.  É o Divino presente em todos os ambientes.

 

Muito trabalho para festeiros, capitães de mastro, associação e milhares de voluntários. As abelhinhas preparam os doces caseiros. Muita reza e devoção, com rezadeiras e rezadores, bispos, padres e diáconos, seminaristas, freiras e freis, crianças e jovens, adultos e idosos, autoridades. Tudo noticiado pelos meios de comunicação. 

 

“Um só coração e uma só alma”! (At 4,32). Festa de família, história de Mogi! Há quatrocentos anos!

 

 

Dom Pedro Luiz Stringhini

Bispo diocesano

Mogi das Cruzes, 25 de agosto de 2016

 

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