A ordenação diaconal dos seminaristas Leandro Fonseca Melo, Leonardo Félix dos Santos, Rafael Rodrigues Xavier e Victor Almeida Moreira da Silva, em trinta de dezembro, acontece no dia em que a Diocese de Mogi das Cruzes completa cinquenta e cinco anos de sua instalação. As duas alegrias se completam, ensejando fervorosa ação de graças por abundantes frutos, colhidos com sorrisos, após as pelejas de longa e árdua semeadura e o que dela germinou.
O território da Diocese de Mogi das Cruzes, na Região do alto Tietê, foi desmembrado da Arquidiocese de São Paulo. É oportuno, primordialmente, relembrar os quatro bispos que anteriormente governaram a diocese: Dom Paulo Rolim Loureiro (1962-1975); Dom Emílio Pignoli (1976-1989); Dom Paulo Mascarenhas Roxo (1990-2004) e Dom Airton José dos Santos (2004-2012). Do trabalho por eles realizado, destacam-se a contínua criação de novas paróquias e a formação dos sacerdotes, por meio da animação vocacional, consolidação do seminário e, no tempo oportuno, a instalação da Faculdade de Filosofia e Teologia.
Hoje, a diocese conta com setenta e sete paróquias, cerca de trezentas e setenta comunidades eclesiais e capelas, 86 sacerdotes incardinados na diocese, 11 padres de outras dioceses, 26 padres pertencentes a congregações religiosas, 19 diáconos permanentes e 4 diáconos transitórios. Há quatro anos, a diocese iniciou o Seminário Menor São João XXIII e, há dois anos, o Tribunal eclesiástico.
É uma Igreja marcada pela religiosidade popular, haja vista a Festa do Divino e a festa dos padroeiros. Em fevereiro próximo, terá início a construção da capela do seminário maior, no Tabor e, em abril, alguns missionários serão daqui enviados à África, como participação no projeto missionário das dioceses do Estado de São Paulo. Ressalte-se o serviço de caridade e promoção humana realizado pelas pastorais sociais, através de tantos cristãos leigos e leigas, que são, na Igreja e na sociedade, sal da terra e luz do mundo.
A ordenação de quatro diáconos, nesse dia, dádiva de Deus e valioso presente que a diocese recebe no dia de seu aniversário, é fruto do trabalho dos formadores, apoio das famílias e o esforço próprio de cada um dos candidatos. Eles percorreram, durante dez anos, um árduo caminho, passando pela paróquia de origem, pastoral vocacional, vida no seminário, frequência à faculdade e serviço pastoral nos fins de semana.
Hoje, no semblante de cada um deles transparece a alegria pela vitória alcançada após longa etapa percorrida. Apresentam-se com a maturidade e a convicção da escolha acertada e com a disposição de se colocarem a serviço da diocese e do povo. Tornam-se membros do presbitério, tomando parte ativa na missão evangelizadora da Igreja. Estão conscientes da missão que estão abraçando. “Quem quiser ser grande torne-se servidor” (Mt 20,26), disse Jesus.
Dom Pedro Luiz Stringhini
Mogi das Cruzes, 29 de dezembro de 2017