A PADROEIRA SANT’ANA
26.07.18
A Palavra de Deus proclamada na festa de Santa Ana e São Joaquim está profundamente relacionada à santidade de vida da nossa padroeira e do seu santo esposo. A vida e o testemunho de santidade desse casal exemplar e temente a Deus, Joaquim e Ana, trazem, à luz das leituras proclamadas, importantes ensinamentos:
São Joaquim e Sant’Ana aparecem, na história, na memória e na devoção da Igreja como exemplos de pessoas justas e fiéis a Deus, de quem “os povos proclamam a sabedoria e a assembleia celebra o louvor” (Eclo 44,15). Pais da Virgem Maria e avós de Jesus Cristo, nosso Senhor, mestre e salvador, tornam-se modelos de sabedoria e santidade, patronos das famílias e dos idosos.
A devoção a Sant’Ana está historicamente enraizada na alma do cristão mogiano. A imagem da mãe humilde educando a filha revela sua presença discreta e constante, unindo o povo, preservando a família, congregando os cidadãos pelos laços de fraternidade; e abençoando a Diocese, criada há cinquenta e seis anos e consolidada na mesma devoção.
A festa de Sant’Ana tem como marcos históricos a praça e a catedral, que abriga a antiga imagem tricentenária da santa padroeira, representando a devoção que remonta a quatrocentos anos. A procissão representa importante marco cultural e religioso. E a quermesse oferece bons momentos de convivência humana e espírito de família.
Felizes sois vós porque vossos olhos vêem e vossos ouvidos ouvem (Mt 13,16). Jesus proclama felizes os que vêem com os olhos da fé e ouvem com os ouvidos do coração. O cristão vê com os olhos, sente com o coração e anuncia com a boca as maravilhas de Deus. E, com seus pés, percorre o mundo levando boas notícias de esperança e de paz, sonhos desde sempre acalentados qual longínquo horizonte.
Joaquim e Ana são verdadeiramente felizes porque, seguindo os passos dos grandes justos do Antigo Testamento, a eles foi concedido gerar a Virgem Imaculada, de quem Deus tomaria a natureza humana para dignificá-la e redimi-la. Os olhos de Ana e Joaquim puderam contemplar os tempos novos da redenção.
Mãe de Maria, avó de Jesus, Patrona de Mogi das Cruzes! Sant’Ana e sua festa dizem muito sobre as nossas origens mais antigas, sobre a fé dos nossos antepassados. Trata-se de uma tradição a ser mantida e valorizada como uma das mais altas expressões da religiosidade do nosso povo. Que ela nos ajude a abrir o coração e a valorizar a vida, particularmente dos anciãos que nos precederam e que tanto têm a nos ensinar. Olhando a imagem de Sant’Ana ensinando à filha os mistérios de Deus, compreendamos a grande vocação da família cristã como lugar privilegiado do ensino da fé e dos valores do Evangelho. Que Sant’Ana vele do céu sobre as nossas famílias, nossa Cidade e nossa Diocese.
São Joaquim e Sant’Ana, santos e justos avós de Jesus Cristo, intercedei a Deus por nós! Amém!
Dom Pedro Luiz Stringhini
Mogi das Cruzes, 26 de julho de 2018